Oi pessoal! Fiquei chateada com a quantidade de meninas que ao lerem minha resenha do jogo Portal disseram que “apresentariam o jogo ao namorado”. Bem, jogos não deviam ser considerados “femininos” ou “masculinos” e isso é assunto para outro post, mas voltei para indicar um jogo muito lindo que tenho certeza que todo mundo irá gostar: Child of Light.



Child of Light é um jogo de plataforma/RPG, disponível para PC, Wii U, Playstation 3, Playstation 4 Xbox 360 e Xbox One e desenvolvido pela Ubisoft. Nele, conhecemos a querida protagonista Aurora, que depois da morte da mãe e do segundo casamento de seu pai, “adormece misteriosamente” e deixa seu pai em uma profunda tristeza com a morte da filha. Na verdade, Aurora foi transportada para o reino de Lemuria, um lugar muito bonito, mas tomada por criaturas das trevas desde que a Rainha da Noite dominou o local. Com a ajuda de Igniculus e dos outros amigos que faz durante a jornada, Aurora descobre ser a Princesa de Lemuria e tem como missão resgatar o sol, a lua e as estrelas, além de encontrar o espelho que conecta Lemuria com a Áustria e voltar para seu pai.



A primeira coisa a ser dita sobre Child of Light é que se trata de uma verdadeira obra de arte. O visual dele é incrivelmente delicado e bonito, com cenários coloridos e muitas vezes apresentando um tom aquarelado, como se fosse um livro infantil. Nesse sentido, o que mais chama atenção é o esvoaçante cabelo vermelho de Aurora, que muitas vezes pinta o céu graças à capacidade de voar. O visual do jogo é complementado por uma trilha sonora suave e delicada e, na verdade, a própria estrutura de Child of Light também é dotada de uma ternura sem tamanho, já que as falas dos personagens e a narração da história formam rimas e poemas.



Apesar do apelo visual e da história bonita, Child of Light não é um jogo “bobo” ou fácil demais: estruturado com elementos de um RPG, temos que administrar e escolher quais skills dos personagens serão evoluídas, podemos utilizar poções para auxiliar nas batalhas, devemos melhorar nosso nível e devemos sempre estar atentos à mana e saúde dos personagens. As lutas utilizam um sistema de turnos semelhante ao de Final Fantasy e podemos utilizar dois personagens por batalha contra no máximo três inimigos, que sempre possuem alguma peculiaridade no seu tipo (água, trevas, fogo...) e por isso, devemos nos prevenir equipando nossas armas. Sendo assim, Child of Light tem uma dinâmica bem divertida e é um clássico jogo de plataforma, com elementos de RPG.



Em pouco mais de dez horas de jogo, pude realizar uma jornada incrível: conheci cidades novas, virei amiga de magos, palhaços e guerreiros, desbravei as terras de Lemuria e vivenciei um jogo lindo, divertido e marcante. Por isso que Child of Light tem sido tão bem recomendado, pois consegue agradar a todos que procuram uma boa aventura, mas com um pouco de magia.