Cada vez mais, Christopher Nolan, diretor da elogiada trilogia de Batman (2005 - 2012), consagra-se como um dos maiores diretores da atualidade, capaz de agradar à crítica e ao grande público. Após aventurar-se, com maestria, em filmes de ficção científica, como o emocionante Interestelar, bem como impressionar o mundo com A Origem, Nolan apresenta seu primeiro longa-metragem baseado em fatos reais: Dunkirk.
Dunkirk retrata a história da Operação Dínamo, um incrível trabalho de resgate que ocorreu no início da Segunda Guerra Mundial, quando os alemães avançavam rumo à França e cercaram tropas inglesas, francesas e belgas nas praias de Dunkirk, no Canal da Mancha. Não havia esperança: a operação era quase impossível e, numa estimativa muito otimista de Churchill, esperava-se resgatar ao menos trinta e cinco mil soldados. Nesse contexto, acompanhamos uma hora de combate áereo pelos olhos do piloto Farrier (Tom Hardy); um dia em alto mar, onde um civil inglês (Mark Rylance) navega com seu iate de lazer até Dunkirk para resgatar os soldados; e uma semana nos molhos, onde o soldado Tommy (Fionn Whitehead), juntamente dos demais, tenta simplesmente sobreviver.
Quando se trata de uma história real, é preciso saber trabalhar com as limitações no roteiro e entregar um filme de fato realista, sem romantismo exacerbado. No caso de Dunkirk, o mais interessante de tudo é retratar os soldados não como uma tropa inteira, mas como indivíduos, repassando o medo e a esperança que cada uma das personagens sentem à medida que o filme retrata, também, situações específicas, como um grupo que se esconde num barco para sobreviver, um piloto de avião sozinho no ar, um comandante com a incumbência de defender os seus e, vejam que interessante, civis os quais nenhuma obrigação, senão o dever moral, fez levar uma embarcação de lazer à Dunkirk e auxiliar no resgate dos soldados.
Claro, é preciso muita competência para que um filme como Dunkirk não fracasse. Isso porque os mais desavisados podem pensar que é "apenas um filme retratando situações de guerra", nada mais. No entanto, o mérito de Dunkirk é justamente transportar o telespectador para vivenciar essas situações, e isso ocorre com a direção inteligente de Nolan, com os planos longos e contemplativos intercalados com filmagens de perto das expressões dos atores, com o excelente trabalho de sonoplastia e a onipresente trilha sonora de Hans Zimmer. Se alguns criticam a superficialidade com que foi explorada cada personagem - crítica essa que não faço, pois consegui acompanhar e vivenciar todos os dramas propostos -, inquestionável que, do ponto de vista técnico, Dunkirk é uma obra de arte.
4 comentários
Eu vi Dunkirk na estreia e eu adorei *¬*
ResponderExcluirConcordo com a sua critica :) Também não critico a falta de exploração dos personagens porque o foco do filme era a guerra, e não uma biografia sabe? Além disso há muitos filmes desse estilo, já Dunkirk tem um estilo único, cenário bem feito, poucas falas e mostrando uma das grandes preocupações da guerra: a sobrevivência, nem se focar muito no heroísmo e tudo isso sabe, mas mostrando que todos são heróis e dando aquele sentimento no final como vc disse :)
Em uma guerra ninguém é forte, persistente e herói o tempo todo
Além disso, a trilha sonora do filme foi magnifica e todos se surpreenderam com a atuação do Harry Styles :) (muitos duvidaram dele e estavam curiosos) Espero ver outro filme dele
Resumindo, é um filme único ♥
Bjinhos, amei o post ヽ(;▽;)ノ
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Hey, Vic! Queria saber o que tu achou do Harry Styles no longa! Ele convenceu como ator?
ResponderExcluirAhhh eu to louca pra ver esse filme!! Lendo o post agora só fez me lembrar que preciso tentar assistir essa semana.. assim que eu devorar a nova temporada de Narcos hahaha
ResponderExcluirBeijos!
Oi João! Então, eu não sabia quem era o Harry Styles ASHDUIADSA então para mim ele foi um "ator normal". Não tenho nenhuma crítica a fazer da atuação dele, pelo contrário, achei convincente
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