Sou fanática por Agatha Christie e nas férias passadas não pude perder a oportunidade de ler alguns livros da autora – que por sinal, comprei por impulso, sem nem ao menos saber a história. Entre os três novos livros, minha primeira leitura foi Tragédia em Três Atos, apresentando crimes sem solução com uma atmosfera teatral.
Título: Tragédia em Três Atos
Autora: Agatha Christie
Editora: L&PM
Páginas: 256 páginas
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O Primeiro Ato ocorre na reunião social promovida pelo antigo ator Charles Cartwright, quando o pacato reverendo Babbingon, morre misteriosamente. No início a maioria pensa que a vítima morreu de causa natural e esta teoria é reforçada pelo fato de não haver um possível suspeito, mas com o assassinato de outro convidado em uma nova ocasião, com quase todos os convidados do encontro anterior, fica claro que todos estão diante de um assassino cruel e perspicaz. O mistério chama a atenção de Charles Cartwright que conta com seu amigo Sr.Satterthwaite e a adorável jovem Egg para resolver o caso - mas claro, no fim recebem a ajuda do famoso detetive belga, Hercule Poirot.
Em Tragédia em Três Atos, acompanhamos uma sequência de crimes aparentemente sem solução e cuja ligação estabelece-se apenas pela semelhança das duas mortes e pelas testemunhas presentes. Durante a leitura (rápida e envolvente, como todos os livros da Agatha), tentamos compreender a personalidade dos personagens e esta tarefa nos é facilitada à medida que a autora apresenta somente o necessário, com descrições sucintas, mas suficientes para imaginarmos os envolvidos e quem sabe entender suas motivações. Claro que ficaremos atentos a qualquer detalhe que nos leve a resolver o mistério e no final entenderemos o raciocínio lógico de Poirot, mas pela surpresa e dificuldade, talvez devêssemos deixar de lado nossa vontade de ser detetive e simplesmente apreciar o espetáculo, de curta duração.
Apesar de Hercule Poirot ser meu detetive preferido, também adoro quando Agatha desenvolve suas histórias a partir de outros detetives. No caso, quem 'banca o detetive' é Charles Cartwright, uma mocinha adorável e o Sr. Satterthwaite, observador por natureza que busca entender os personagens envolvidos. As qualidades de Satterthwaite seriam ideais para solucionar o caso, mas, para minha agradável surpresa, o terceiro ato é inteiramente protagonizado por Hercule Poirot, que mais uma vez usa suas células cinzentas para chegar a uma conclusão brilhante.
Com um final surpreendente e um desenrolar leve e interessante, Tragédia em Três Atos pode não estar entre os melhores livros da autora, mas certamente tem a mesma qualidade que os demais romances de Agatha Christie.
1 comentários
Ainda não conhecia esse livro mas já vou adiciona-lo a minha lista de desejados pois me interessei bastante.
ResponderExcluirComecei a ler os livro da Agatha a pouco tempo mas já amo a escrita leve e misteriosa da autora! *-*
Epílogo em Branco