Quando fui para São Paulo em 2014 com minha mãe, um dos lugares que mais me chamou a atenção foi o Museu de Artes de São Paulo Assis Chateaubriand, ou, simplesmente, MASP. É ótimo saber que temos um museu desse porte em São Paulo, situado em uma das avenidas mais importantes do país, e visitar o MASP foi uma das experiências mais marcantes daquela viagem. Agora, em 2018, pude repetir a experiência - e foi incrível.
Dessa vez, pude tirar várias fotos da icônica fachada, que por muito tempo foi considerado o maior vão livre do mundo. A arquitetura do museu é tão legal que vale à pena passar na frente nem que seja só para admirar a construção, mas já adianto que o modo com que as obras estão expostas impressiona e, obviamente, o museu abriga obras-primas que nos fazem sentir gratidão pela oportunidade de ver todas elas ao vivo. Atualmente, o Museu está com uma exposição temporária de esculturas do Aleijadinho, exposição de obras da Maria Auxiliadora, Emanoel Araújo, Ayrson Heráclito e minha seção favorita, o Acervo em Transformação, que ao meu ver é onde ficam as grandes obras de arte.
Quando digo que o modo com que as obras estão expostas impressiona, é porque a exposição é estruturada de uma forma diferenciada e única em relação aos museus tradicionais: as obras estão expostas em cavaletes de cristal, de modo que os quadros ficam suspensos no ar, proporcionando ao visitante a sensação de passear por uma "floresta de quadros". Outro fator importante é que as informações foram colocadas no verso das obras, ou seja, primeiro temos uma impressão visual para depois sabermos detalhes daquela arte e seu criador. Isso ajuda a ter uma mente mais aberta e valorizar quadros não tão conhecidos por quem é mais leigo.
As obras expostas no Acervo em Transformação variam desde o século 4 a.c até 2008, e contém artes fantásticas de artistas como Renoir, Van Gogh, Velázquez, Monet, Picasso, entre outros consagrados. O MASP também promove um "intercâmbio de obras" com outros museus, então também é possível encontrar muitos quadros do acervo do Museu Tate Modern, de Londres. No site, consta que a coleção do MASP reúne mais de 10.000 obras.
Nessa postagem, descrevi como fiquei maravilhada em conhecer a maior coleção de arte europeia do Hemisfério. Mais de três anos depois, ao visitar o MASP pela segunda vez, fiquei me questionando como seria a sensação, se valeria a pena "repetir" a experiência. Ora, por mais que museus sejam homenagens ao passado, tenho a impressão que o passado sempre se renova, e não há como repetir uma mesma experiência, justamente pelas impressões que elas podem nos causar numa primeira, segunda, terceira vez. Tanto eu quanto o Museu estamos diferentes: eu estou mais madura, o museu está reestruturado e, dessa vez, pude apreciar as obras junto da minha mãe e do meu pai. Conhecer o MASP é uma experiência incrível e obrigatória para quem vai à São Paulo, e "re" conhecê-lo é igualmente prazeroso.
Local: Av. Paulista, 1578 - Bela Vista, São Paulo - SP
Horário: terça a domingo, das 10h às 18h | quinta até às 20h
Ingresso: R$ 25,00 inteira | R$ 17,00 estudantes, professores, maiores de 60 | gratuito para crianças até 10 anos | gratuito para todos às terças-feiras
Site oficial: https://masp.org.br
1 comentários
Eu amo o MASP e me arrependo muito (e me cobro também) de não ter visitado mais vezes :/
ResponderExcluirÉ uma preciosidade, e as obras expostas em cristais deixa tudo mais lindo!
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